Aprendeu a dançar
Dançava , dançava
Ninguém mais sabia
Se seu corpo contorcido
e sua face compungida
Eram dor, alegria ou nada
mais de uma estética veleidade
Deixava-se ir, dançando
E ao vê-la bailando
Todos diziam que lá se ia
Em sua folia dona Felicidade
Dançava seu riso e seu choro
A causa, indiferente, já tanto fazia
Dançava a deleitar as gentes
Dançava como remédio ou gentileza
Mas acima de tudo dançava
para fazer mais leve
Todo o peso de tanta tristeza.
Andrea Mohin / The New York Times
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