Para o alto se ia,
passando por milhões de anos
Vias lácteas, planetas
que ficavam para trás
Subia, subia
Em direção à última estrela
Na trilha em que tudo brilhava
no tempo da luz
Mesmo tudo sendo escuridão
E ria elevada, subindo
Essa vertiginosa subida
Já sem caminho e descanso
Suplantando astrofísicos vazios
E olhava para baixo onde cometas
brilhavam como cascalhos
Arrebatando dinossauros
E lavrando terra com fogo
Subia e mais nada era alcançado
Pelos olhos e lembranças
Nada havendo além de si
Como flutuante centelha
Nem som, nem noite ou dia
Somente altura e descampado
Tão alta nunca se sentira
Tão alta, tão alta, tão só
Subia...
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