Ela girava
girando fazia
volta e volúpia
girava nos olhos
o corpo rodando
no tempo e distância
do próprio desejo
o beijo esperado
nos lábios suspensos
por olhos que viam
rodava naquela ciranda
de carne e fogo
Faíscas saltadas
do caramelo quente
da cor de seus olhos
chamando ao jogo
rodando a vez da jogada
escorrida no espelho
da fumaça do chuveiro
que revelava
em sombra e luz
seus sexos envoltos
mostrados nos corpos
ausentes presentes
E tudo girando
sem troca
sem toque de pele
e almas desnudas
em palavras encarnadas
gritando amor e grunhido
tão longe, atrevido
ardendo em vontade
girando a cabeça
nos seios redondos
aos dentes e língua
tão presos na boca
aberta de espanto e tontura,
tortura...
E ambos giravam
giravam a roda
da sorte, fortuna
de nova promessa
ciranda da carne
ciranda da alma
ciranda da espera
ciranda do amor
e almas desnudas
em palavras encarnadas
gritando amor e grunhido
tão longe, atrevido
ardendo em vontade
girando a cabeça
nos seios redondos
aos dentes e língua
tão presos na boca
aberta de espanto e tontura,
tortura...
E ambos giravam
giravam a roda
da sorte, fortuna
de nova promessa
ciranda da carne
ciranda da alma
ciranda da espera
ciranda do amor
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