Logo após o sim, virou-se e caminhou para a porta. Ainda parou no meio da nave a retirar os sapatos de altura inadequada para esse voo.
Trespassando a barreira dos olhares estupefatos da plateia, correu em direção à porta de saída da igreja...
Bem mais tarde, alguém na margem da estrada veria seu rosto esparramado contra o vidro da janela do ônibus a olhar o céu. Pode ser que esse alguém, embriagado da visagem, viesse imaginar ser ela mais uma indo juntar-se a longínqua revolução.
Nem suporia da revolução já instalada, tão perto, a mudar a antiga ordem posta naquele coração que passava, voltava a pulsar e tremia como a flâmula ao vento voando no veículo, que sumia no horizonte da estrada.
A única certeza que havia para ambos é que aquele que lá se ia, destino afora, era o tal comboio da liberdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário