O tempo que foi tanto de espera
foi deixando de ser espera e virou só tempo.
E, no meio do tempo, o que era tanto
e se fez de tanta espera
tornou-se música distante
para uma dança teimosa,
sem harmonia,
um artista mambembe
no meio da praça vazia.
no meio da praça vazia.
E o tempo em silêncio,
que é seu modo de falar,
conta que nada mais há
que fale de nós, naquele lugar:
do amor vivido, da fúria,
do laço rompido...
Dois fios de vida
largados ao vento,
largados ao vento,
que nunca se encontram,
que têm entre si poeira de tempo
e tempo
que, quanto mais tempo,
é menos tempo.
maravilhoso! na veia!
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