
que venera os passados
encontros de veteranos
da escola de formação
Nem vê que meu passo
um tanto requebrado
se inspira nas coquetes
do teatro rebolado
E você que ama tanto o passado
não ousa me passar a mão
Você esse homem
que cultua retratos
valores antiquados, cego,
segue os ritos da religião
Não vê que minha devoção
de lhe querer sem recato
tem um tanto de pecado
mas muito de redenção
E você segue cultuando passado
nem ousa me passar a mão
E nesses seus olhos
em que o tempo replica
a história morta, remota
e nem tão bonita
Nem nota que trago a pena
de tanto querer e posso
nas linhas de simples poema
fazer um presente de mim e você
Mas você tão parado amando passados
nem ousa nem tenta me passar a mão.
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