Há um silêncio perturbador no cair da tarde
que abre num lugar misterioso pórtico
e se estabelece quase uma entidade
de uma bruma envolta em cio letárgico
E toda contaminada dessa alquimia,
disputam em mim vergonha e desejo
mas me rendo à algazarra da solitária folia
tremendo de vontade e de pejo
meus dedos que então serviam ao teclado
na construção de similar poesia
como libélulas levíssimas voejam
na dança de odores dessa lúbrica magia
E na maciez do escuro veludo
se descobre flor régia e vitoriosa
mesmo florescida sob tremor e susto
Flutua tranquila em águas silenciosas...
É passado o estado de frêmito e assombro.
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