Vou dizer palavras indizíveis
e te convencer que, em mim,
você encontra sua alegria
genuína
perdida num tempo sem mim
Eu vou te enredar,
dançar folguedo
que fale das paixões secretadas.
Como a minha por você
Libertada,
libertada das tramas do medo.

E vou te levar para a maciez de meus lençóis,
de minhas coxas,
que sei que nunca esqueceu.
Remexer seus guardados
desejos
e isso vai te endoidecer.
Vou te envolver com veleidades
de amor em mim
nunca igual visto,
de Ofélias e Julietas
fidelidades,
ser mulher de um homem só.
E depois de sorvida a fruta,
vamos, calmos, retornar
cada qual à sua direção
sem precisar confessar
que vamos encantados
pela mesma maldição
Pode ser que você até nem vá
e escolha livremente ficar.
De minha parte,
pode ser que um dia eu volte.
Eu volto.
Eu sempre volto.
Foto: Sérgio Larraín
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