Um jazz sensual no rádio,
50 quilômetros por hora
e uma cidade inteira em slow motion.
E ninguém aprecia como é linda
a cidade nesse ritmo!
50 quilômetros por hora
e uma cidade inteira em slow motion.
E ninguém aprecia como é linda
a cidade nesse ritmo!
As mesmas ruas tomam outra figura,
que no grafite já dizia
do fascínio, da loucura,
um grito que ninguém ouvia.
Hoje ele sussurra em desenhos,
pois, aos cinquenta, se vê melhor
os traços da mão do poeta.
que no grafite já dizia
do fascínio, da loucura,
um grito que ninguém ouvia.
Hoje ele sussurra em desenhos,
pois, aos cinquenta, se vê melhor
os traços da mão do poeta.
Também há aquela mulher,
que tem por teto estrela, fumaça e relento,
que, por cinquenta tempos,
já estava lá. Ela não via,
ninguém a via
(des)morando no mesmo lugar,
sub-reptícia, na sua casa sem rua.
Agora compõe a paisagem,
é visagem que passa a cinquenta,
a 50 quilômetros por hora.
que tem por teto estrela, fumaça e relento,
que, por cinquenta tempos,
já estava lá. Ela não via,
ninguém a via
(des)morando no mesmo lugar,
sub-reptícia, na sua casa sem rua.
Agora compõe a paisagem,
é visagem que passa a cinquenta,
a 50 quilômetros por hora.
Nesse ritmo lento, que não para,
vai o coração olhando na cara
da cidade que se escondia
perdida no tempo que não havia.
Na tal cadência, tempo é ainda luxo
que não se tem, mas tem coragem,
tem rua, tem beleza, tem feiúra,
tem gente, tem coisa, tem alma,
tem cidade que se vê.
vai o coração olhando na cara
da cidade que se escondia
perdida no tempo que não havia.
Na tal cadência, tempo é ainda luxo
que não se tem, mas tem coragem,
tem rua, tem beleza, tem feiúra,
tem gente, tem coisa, tem alma,
tem cidade que se vê.
Um longo jazz já é pouco
para estrada tão comprida de vida,
que encurtou na correria e que fugia
de a gente parado lá!
para estrada tão comprida de vida,
que encurtou na correria e que fugia
de a gente parado lá!
E nesse mesmo rádio, um outro jazz começou...